domingo, 28 de abril de 2013

Passeio no Pelô

Sábado, dia nublado, e lá vou eu tirar onda de turista no meio do Pelourinho. Na verdade, o passeio foi mais uma "aula" a céu aberto. A convite de uma professora americana , Ginny Atkinson (kiss 4U, dear! =D ), fomos (eu , mais um colega e, óbvio, Ginny) então perambular pelas ruas e becos dessa Salvador esquecida por nós e , de vez em quando, lembrada quando queremos mostrar toda a nossa riqueza histórica.
Ali, pudemos contemplar a beleza das construções, sua arquitetura e , claro, a belíssima vista da Baía de Todos os Santos. Ávida por conhecimento e informações a respeito de nossa cidade, Ginny mostrava-se atenta e bastante empolgada com o passeio. Eu e  meu colega (Mateus Santiago) pagávamos uma de Guia turístico, tentando explicá-la, em inglês, o significado de cada monumento e também um pouco da nossa história. A ideia do passeio também era esta: a de praticar o idioma estrangeiro. Ministrando um curso de proficiência em língua inglesa, na Escola Politécnica da Ufba e ainda iniciando os estudos de português, ela nos convidou para acompanhá-la nessa visita.
Andamos para cima e para baixo, fuçamos uns becos aqui e acolá e não foi difícil constatar quão belas são aquelas ruas, a arquitetura colonial, fantástica. Pudemos entrar na Catedral Basílica, grandiosa, esplendorosa. Quase saio com torcicolo de tanto olhar para o magnífico teto. As casas e estabelecimentos comerciais também não deixaram a desejar. Lindos e coloridos , formavam um arco-íris  numa das mais belas paisagens artificiais da cidade.
Geralmente marcadas por sujeira , as ruas do Pelô estavam até bem limpas. Não sei se foi porque ainda estava cedo, mas o fato é que deu para passear confortavelmente e com bastante tranquilidade. É claro que acompanhar uma turista e portar uma máquina fotográfica são motivos mais que suficientes para sermos interrompidos por vendedores (crianças e adultos) com uma certa frequência. Nesse aspecto, é possível perceber que Salvador ainda deve muito para a população daquela região. Crianças mal-cuidadas  nos abordam para oferecer colares e ,quando percebem que não queremos comprar, apelam, pedindo esmolas, dizendo-nos que estão famintas. É triste enxergar nos olhos de adolescentes que estão lá a baixa perspectiva e , sobretudo, expectativa de vida de muitos deles. Ficou nítido que muitos deles usam a esmola dada por turistas para se drogarem. Situação triste e que deveria ser cuidada com mais atenção pelas nossas autoridades.
Sendo esse blog um portal para expor algumas de minhas fotos, não pude deixar de registrar algumas passagens de nossa caminhada!
 O arco-íris formado pelas casas das mais variadas tinturas e o aspecto colonial dessa que provavelmente seja a região mais negra de Salvador. Mais abaixo, crianças brincam nas pacatas ruas de paralelepípedo. Reconfortante ver a alegria entusiasmante deles!
 Ainda mais abaixo, observamos moradores da localidade arrumando, possivelmente, o que virá a ser uma tenda de vendas para os festejos e badalações da noite.
E , por fim, a entrada da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos ornamentada com uma de nossas principais lembranças: a fitinha do Senhor do Bonfim!
I  really would like to say thanks to you, Ginny, for invited me to this amazing journey!
Espero, também, ter incentivado alguns de vocês a dar uma volta por essas bandas!
Levem as máquinas e registrem tudo!



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Superexposição X Subexposição

O fundamento de toda fotografia é a Luz. Isso mesmo, a Luz. O bom fotógrafo é aquele que tem o controle da quantidade de luz que incide na câmera, modelando a imagem ao seu bel prazer.  Sim, é possível iluminar a escuridão ou deixar escuro aquilo que é claro. Não entrando no mérito dos equipamentos, um modo - nem tão simples assim - de controlar a Luz é "brincar" com o chamado tripé da fotografia: diafragma, obturador e o ISO (sensibilidade do filme). A ideia é sempre equilibrar estes três pilares de acordo com o  objetivo que se tem em cada foto. Basicamente, quanto maior o valor do ISO, mais sensível à luz (mais iluminada) fica uma foto. Velocidades rápidas do obturador diminuem o tempo de exposição à luz e favorecem ao congelamento de movimentos. Aberturas grandes do diafragma  permitem a entrada da luz com mais facilidade e servem para contrabalancear os efeitos de velocidade do obturador. Deixando de papo, a proposta para essa primeira postagem era a de trazer uma imagem Superexposta (isto é , aquela em que a Luz incidiu em um nível muito alto), uma outra Subexposta (pouca luz) e , finalmente, uma que tivesse exposição média à luz.
Farol da Barra- Superexposição
Ao lado, temos o Farol da Barra em uma imagem dita estourada (superexposta) . Nessa foto, a luminosidade intensa se deveu ao controle do ISO. Elevando-o para 1600 e controlando bem os outros dois pilares, é possível obter essa imagem.
 Abaixo, quase a mesma foto, só que agora já está subexposta. Um dia que tinha boa luminosidade parece estar bastante escuro. Nessa situação, uma velocidade de obturador um pouco maior e a escala ISO diminuída podem garantir esse efeito.
Farol da Barra - Subexposição


 Efeito semelhante é o que ocorre na foto abaixo: subexposição. A imagem fica , de fato, escura, bem diferente daquela que tem uma exposição média (normal), como a foto mais abaixo.


Placa na Universidade Federal da Bahia - UFBa (Subexposição)

Placa na UFBa ( exposição normal)